Abertura da Avenida Paulista para lazer e redução de velocidade em vias da cidade dividem paulistanos

Duas das mais recentes e polêmicas ações do prefeito Fernando Haddad (PT) dividem a opinião dos paulistanos: a abertura da Avenida Paulista aos domingos para lazer e a redução da velocidade máxima em ruas e avenidas da cidade de São Paulo.

Há empate em relação à mudança da velocidade, segundo pesquisa Datafolha realizada na semana ada. Contrários e favoráveis somam 47% cada, com 4% de indiferentes e 2% que não souberam responder.

  • Acompanhe o Mobilidade Sampa também nas redes sociais: estamos no X (antigo Twitter), Facebook, Instagram, Threads, Bluesky, YouTube e LinkedIn. Se preferir, participe dos nossos canais no WhatsApp e Telegram para receber atualizações em tempo real.
  • Tem um negócio? Anuncie aqui e alcance milhares de leitores! Saiba mais
  • Essa política não é nova na cidade, mas foi intensificada sob Haddad e teve forte repercussão em julho, quando a gestão anunciou a redução da velocidade máxima permitida nas marginais dos rios Tietê e Pinheiros.

    Os limites nas vias caíram de 90 km/h para 70 km/h na pista expressa, de 70 km/h para 60 km/h na central e de 70 km/h para 50 km/h na local.

    A polêmica em torno dessa medida foi tão grande que a seção paulista da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) chegou até a acionar a Justiça – sem sucesso.

    O Datafolha questionou os paulistanos sobre a política geral de redução de velocidade em toda a cidade.

    A mais alta taxa de aprovação, de 52%, está entre os mais pobres (renda familiar de até dois salários mínimos) e menos escolarizados (ensino fundamental). Já a maior rejeição (53%) a essa ação está entre aqueles que ganham mais de cinco salários mínimos.

    Uma curiosidade, segundo a pesquisa, é que a maioria das mulheres (51%) é a favor das medida, e a maior parte dos homens (52%), contrária.

    Ainda de acordo com o Datafolha, 31% dos paulistanos consideram essa medida muito eficiente para a redução de acidentes na cidade. Para 43%, ela é pouco eficiente e, para 24%, nada eficiente.

    Justamente pela resistência de parte da população, a prefeitura decidiu desacelerar a implantação da medida. Não há prazo, por exemplo, para universalizar a redução da velocidade para 40 km/h nas vias locais de bairro.

    PAULISTA

    Os paulistanos também se dividem a respeito da decisão da prefeitura, contestada pelo Ministério Público, de transformar a avenida Paulista em uma via apenas de lazer todos os domingos, sem a circulação de carros das 9h às 17h.

    Como a margem erro da pesquisa é de três pontos percentuais, para mais ou para menos, os 47% favoráveis e os 43% contrários estão empatados tecnicamente.

    A medida está em prática, mas a disputa entre a gestão Haddad e a Promotoria está longe de um ponto final.

    O Ministério Público entende que a prefeitura realizou poucos estudos e audiências públicas para embasar o fechamento e promete multá-la em R$ 50 mil a cada domingo.

    Já a gestão municipal argumenta que, do ponto de vista técnico, tudo foi realizado, e que ouviu a opinião de moradores e comerciantes locais.

    Segundo o Datafolha, entre os mais jovens (16 a 24 anos), a aprovação à medida é de 57%. Entre os mais velhos (acima de 60 anos), a taxa é de apenas 27%.

    A Av. Paulista, na região central de SP, é caminho para quem segue da zona oeste e central para a zona sul da cidade –ou no caminho contrário. A menor taxa de aprovação ao fechamento (42%) é de moradores da zona oeste. A maior (51%), de quem vive no centro.

    Leia também: A um ano da eleição, prefeito Fernando Haddad atinge maior reprovação

    Leia também: Apoio a ciclovias em São Paulo cai de 80% para 56%, diz pesquisa

    Fonte: Folha de São Paulo

    Deixe um comentário